O governador do Rio pretende concorrer ao Senado nas eleições do próximo ano
O governador do Rio, Cláudio Castro, e o senador Flávio Bolsonaro, ambos do PL, se entenderam durante uma reunião em Brasília, na quarta-feira (16). Com o acordo, Castro garantiu o apoio do clã Bolsonarista para concorrer ao senado nas eleições de 2026. Já a situação do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), que planeja concorrer ao governo do estado, ainda não se resolveu.
“Saio feliz e com três certezas da conversa: a primeira é de que o PL é minha casa, a segunda é o tamanho e a relevância do meu papel no fortalecimento do partido, e, por último, o quanto o Rio é estratégico para a centro-direita no Brasil”, declarou Castro em suas redes sociais logo após o encontro.
Segundo fontes do PL, a lealdade do governador pesou na reconciliação. A exoneração de Washington Reis (MDB), ex-secretário de Transporte, deixou sequelas, mas foi considerada assunto encerrado.
Flávio teria reconhecido o apoio consistente de Castro ao grupo bolsonarista, especialmente nos momentos mais turbulentos.
Bacellar
Nos bastidores, aliados avaliam que Flávio Bolsonaro prefere manter cautela sobre qualquer apoio formal ao atual presidente da Alerj, principalmente porque Reis segue tentando reverter a própria inelegibilidade.
Com o alinhamento recomposto, o governador do Rio intensificou a agenda no interior do estado. Desde a volta ao comando do Palácio Guanabara, ele retomou pessoalmente o anúncio de obras e investimentos, afastando o protagonismo que havia sido delegado a Bacellar.
Nesta quinta-feira (17), Castro esteve em Nova Iguaçu com o prefeito Dudu Reina, participando da comemoração de dois anos do Rio Imagem Baixada e visitando a obra do viaduto Dom Adriano Hipólito. A maratona segue em Guapimirim, ao lado da prefeita Marina Rocha, com anúncio de novos investimentos.
Na sexta-feira (18), o destino é Mangaratiba, e na segunda-feira, Cabo Frio, ao lado do prefeito Dr. Serginho. O objetivo é claro: recuperar terreno político, consolidar apoios locais e reassumir o controle da máquina administrativa após o desgaste provocado pela crise envolvendo Washington Reis e a disputa de poder na base governista.